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sábado, 20 de março de 2010

EXUS



Exú

Andir de SouzaEscola de Iniciação Umbandista do ParanáRua Panamá, 342 - Curitiba - PR

Falar de Exú não é uma fácil tarefa, porém, inquirir, pesquisar, procurar sua origem e sua finalidade é o direito de quem quer aprender. Há uma nuvem cobrindo a distância do seu princípio até nossos dias.Nesta caminhada lenta da humanidade ganhastes muitas formas e fostes batizado com inúmeros nomes: no Jardim do Éden, eras uma serpente que introduziu o primeiro pecado no seio da humanidade; eras o agente mas não o mal, pois o livre arbítrio nos dá o direito de optar. De Adão e Eva proliferou a humanidade e, com ela os seus deuses, seu medo e sua curiosidade.Ah! Meu irmão de longa caminhada...Para Moysés, você foi a bengala que apoiava o corpo nas fatídicas andanças, mas se necessário você seria também a assustadora serpente. Para os fenícios, você foi Molock, espírito tenebroso, cujo interior era uma fornalha ardente, na qual os seus seguidores depositavam suas oferendas; para a Pérsia de Zoroastro, atendias pelo nome de Arimânio, espírito angustiado e vingador!...Para o egípcio, você era Duet, um guardião que castigava, que punia para, depois de punido, ser entregue para o Deus da Luz e Serenidade; você era a ligação entre o homem e a mente, a morada de Osíris, que é o Deus do amor e da criação. No Egito, você também era Tifon ou Aprites; a China milenar te deu o nome de Digin; Ravana para o hindu; os escandinavos de chamavam Azalock. Em cada povo uma personalidade e uma vibração diferente.Para o nosso índio brasileiro, você atendia por vários nomes e várias atuações: Cairé é um fantasma que aparece na lua cheia para punir os maus; Catiti é outro, só visível na lua nova e atrapalha a pesca. Jurupari é o mau espírito que trás pesadelo; Curuganga oficia como assombração.Até então, você com múltiplas funções e personalidades, não era mais que uma energia, uma força. Até 1984 anos atrás, você era visto e sincretizado como guerreiro, como um homem. Para o mau artista, uma grotesca obra. O hebreu te deu novas formas e, na pia batismal, recebeste os nomes: diabo, demônio, Lúcifer.Pelo pincel do pintor ou o formão do escultor, na metamorfose dos interesses de uma religião que amedronta e não esclarece, te fizeram um monstro... Como monstro, você defendia com maior eficácia os interesses econômicos de seu criador. Causa-nos horripilância vê-lo assim desfigurado! A infâmia e o mau gosto do artista que te fez um agregado de homem e animal, com longos cornos e pés caprinos, é uma afronta ao próprio Criador! Ah! Meu amigo... A tua imagem hoje, nada mais é que o reflexo, a exteriorização de consciências mal forjadas.São dois mil anos que o padre vem te projetando, programando o sub-consciente da pobre humanidade. Ele afirmou que EXÚ era o diabo e assim se propagou, assim ficou...Nós só conhecíamos o catolicismo como religião dominante. O padre era sábio, o doutor, o mentor enfim... E ficaria assim se, ao lado da religião, não existisse a história. O diabo é um rival de Deus, um anjo re bel de, Satanás e falsário que tentou Eva e perdeu Adão. Tentou Caim e promoveu o assassinato de A bel ; tentou Jesus no monte e levou Judas à traição; Jesus não cedeu à sua tentação, prova eloqüente do direito de optar; respeito sagrado ao livre arbítrio do homem.Forçam-nos a pensar que você é o executor, porém não é a causa e nem efeito, é sim um elemento, uma vibração, que serve de acordo com a vontade do pedinte ou a licença do patrão. Será isso ou não?... Sabemos que o índio e o negro não conheciam um rival de Deus. Não há um concorrente das Leis Divinas!... Um diabo, um Satanás... Há sim, uma corte de seres inferiores que, por isso mesmo, estão a serviço de seres superiores, aos quais obedecem e servem, sem contestar.Na magia do negro, Exu é um Deva, um Orixá... É um mensageiro, o guarda, o policial, o moço de recado que vive na rua, orientando, servindo de intermediário entre o Orixá e o homem. Entendemos que o diabo nos ludibriou!...O negro não sabia que era o diabo, sabê-lo-ia o bugre dispondo de uma mitologia inferior?... Não tinham uma noção semelhante. O bugre conhecia o Caiçoré, Curupia, Curuganga, Anhangá, entidades que se tornam pesadelos, que dão maus sonhos e que estorvam a pesca e a caça, contudo, o homem pode amansá-los, dando-lhes pequenas oferendas. Quem ameaçaria o diabo?... Este pretenso rei será tão porco, tão mesquinho que se venda por alguns bicos de vela? Será isso um rival de Deus?... Um diabo, um Satanás?... O bugre e o negro não conheciam esta figura hebraica, pregada e propagada aos quatro cantos do mundo pelos padres e seus discípulos. O negro não servia a interesses financeiros; perante Deus não existe rival. ELE é a Criação, o Princípio e o Fim!Para cada elemento ELE criou uma força dominante, um encarregado, um guardião, um Orixá que rege o plano Cósmico, mas criou também o intermediário, o EXÚ, o Deva, o Orixá Menor que atua em harmonia com seu gerente, ou seja, o Orixá.Lá no alto está a Energia Cósmica, Oxalá, Iemanjá, Ogum, Oxóssi e outros; no plano intermediário, Exú-Tameta, Exú da Rua, Exú-Odé, da encruzilhada, Exú-Adé, do chão, Exú-Ibanan, dos montes, Exú-Itatá, das pedras, Exú-Ibê, do terreiro, Exú-Gelú, das estradas longas, Exú-Barú, do escuro, Exú-Bará, este, puramente africano. Senhores, a minha dissertação talvez não seja erudita... Tão inteligente... Porém é honesta e eu afirmo: aquele grupo de demônios avermelhados, guampudos, com pés caprinos e barbas em pontas, olhos saltados, dentes agressivos, não é EXÚ! Aquilo é uma concepção primária, falsa, mórbida, velhaca, indecente, ridícula!... É uma agressão à nossa inteligência; uma infâmia, um disparate, uma ofensa ao Divino Criador!
Não podemos aceitar essa assimilação!Este demônio hebreu não é o Plutão do grego, não é o Tifon do egípcio, não é o Arimam do babilônio, não o Digin do chinês, não é o Ravana do hindu, não é o Bará do negro, não é o Caissoré do bugre.Este demônio bestificado não faz parte deste Panteon!Por Deus, não é nada disso!... Só pode ser fruto do interesse econômico de escritores mal informados, sem decência ou respeito pelo bel o.Aqui dou meus aplausos àqueles escritores que tiveram a honradez de procurar um novo sincretismo, tentando introduzir uma imagem condizente com o altruístico trabalho desses incansáveis irmãos EXÚS. Estamos, realmente, marchando para um novo sincretismo, assimilando-os com guerreiros da época medieval, com seus aparatos bélicos bem limpos, bem penteados... Se não é original, pelo menos demonstra respeito pela arte. Estamos tomando como exemplo Seu 7 da Lira, Zé Pilintra e outros que não se assimilam à estas figuras horrendas e carentes de bom gosto. A marcha do tempo se encarregará de expurgar tudo isso no descortinar de um futuro bem próximo. Teremos em nosso meio a imagem verdadeira e, há de ser diferente!Meu amigo EXÚ!...Meu fiel Companheiro...Meu Guardião!Esta é a minha oferenda!Não é a oferenda comum de encruzilhada ou cemitério...Estou te ofertando a minha voz, o meu saber, o meu raciocínio!Minha alma cont rita reza para você! Não é o melhor, eu sei...porém... o sábio sabe tudo que diz mas... nunca diz tudo o que sabe...É, pois, muito simples:
...sou um estudante sedento do saber, não sou um sábio!
SARAVÁ, EXÚ !

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