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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Trabalho de Exu

Estou num canto do terreiro observando os trabalhos.Os médiuns já
estão em posição, velas foram firmadas, todos já bateram a cabeça.
Os pontos invadem o salão.
Na assistência as pessoas que frequentam a casa com assiduidade e outras
que pisam pela primeira vez. Sinto que algumas estão visivelmente emocionadas, seus protetores estão ali. Outras estão suando frio, passam mal, estão agoniadas, aoitas para sairem dali.
Espíritos trevosos estão atuando sobre elas, querem sair dali o mais breve possível, pois temem ser descobertos.
Certamente serão afastados e não poderam perturbar aquelas pessoas.
A Mãe de Santo vibra com intensidade, na corrente um médium balança a cabeça, pareceque vai cair. Percebendo que o seu caboclo está por perto.
O médium ainda é novo, não está totalmente integrado com o seu guia,
mas com paciência e amor, em breve estará incorporando seu caboclo.
Na corrente muitos estão incorporados.
O caboclo chefe, toma a Mãe de Santo, como faz a décadas e brados de guerra são ouvidos.
Na medida em que os irmãos de mata chegam, fazem forte energia para todos. Unidos numa só força, eles, atravéz dos passes, retiram da assistência os eguns e kiumbas, limpam as pessoas que estão perturbadas, e transmitem força e esperança.
As pessoas que antes choravam, agora sorriem aliviadas. Dores são aplacadas. Vejo que muitas daquelas pessoas em breve, estarão também recebendo os seus guias.
Embora esteja acostumado a ver essas cenas, sempre me emociono.
Daqui do meu canto, serenamente acompanho os trabalhos.
Repentinamente uma jovem da assistência, põe-se a vociferar. Sua voz antes melodiosa e serena, torna-se grave e arrogante.Ela tenta agredir os fiscais da casa, que habilmente a conduzem para dentro do terreiro.
Sem dúvida o kiumba que a acompanha é muito perigoso.
Os caboclos estão alertas, nem bem cruza a porteira, o kiumba grita, xinga, tenta machucar a pobre moça, diante da mãe desesperada que se encontra na assistência.
Os caboclos abrem a roda, os atabaques soam mais alto. O caboclo chefe se adianta sobre ele, forte energia circula sobre o corppo da jovem moça. O caboclo não quer que ela se machuque, ele vibra sua maracá e o caboclo da menina se pela primeira vez se aproxima da filha com força.
Chegou minha hora, me aproximo calmamente. O kiumba evita meu olhar, se desespera. Sorrio e caminho em sua direção, preparo minhas armas. Ele grita esbraveja.
O caboclo pede meu apoio. Não me faço de rogado, para desespero do kiumba, de um salto estou com a espada em sua garganta.
Domino-o com facilidade. Chamo outros que o amarram e o levam para seu devido lugar. Outros kiumbas menores que o acompanhavam, também são capturados e receberão seus castigos.
A moça acorda leve e feliz. Os caboclos terminam o descarrego, agradecem meu auxílio.
Eu volto para o meu canto, ali na cafua observo o fim dos trabalhos.
Minhas velas, meus charutos, meu marafo estão firmados.
Os trabalhos terminam, todos se vão felizes.
E eu, na porteira, estou e sentinela...

LAROIÊ!!!

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